
Todo dia que chego a minha casa após o serviço, tomo um banho com uma trilha sonora um tanto peculiar. “2222, Tiririca é federal”. Então, depois de ter inúmeros momentos interrompidos, decidi assistir sem pré- conceitos o horário político inteiro. Admito que para mim foi um tanto engraçado, pois não consegui de forma alguma segurar o riso perante a tanta coisa bizarra.
Que decepção. Que vergonha alheia. Me senti em uma arena participando da “panem et circenses” (política do pão e circo), nos quais os imperadores romanos, com medo que a população se revoltasse e exigissem melhores condições de vida, realizavam carnificínas para o ópio do povo. E o pior de tudo, é que o objetivo era alcançado, já que ao mesmo tempo em que a população se distraia, se alimentava e esquecia os problemas, não pensando em rebelar-se.
É exatamente assim que o povo brasileiro se comporta. Apático, inerte, a qualquer tipo de ação ou de inação por parte daqueles que deveriam ser responsáveis pelo bem estar público. Na verdade, assim como para mim, ver o Tiririca dizer que “pior do que tá, num fica” , é diversão,é o palhaço na arena. Só que as pessoas não sabem que essa campanha um tanto “palhacesca” está dando ao seu candidato a liderança nas pesquisas semanais do Ibope para a vaga de deputado federal
Mesmo que o candidato não use um nariz de palhaço ou um jargão ridículo, não temos mais como escapar, pois, até os candidatos a presidência, que ao invés de pleitearem votos através do conhecimento, partiram para os ataques pessoais.
A verdade é que o verdadeiro palhaço sou eu, é você. Somos nós que estamos na arena do “Coliseu Canarinho” e seremos devorados por leões ou mortos por escravos gladiadores. Precisamos mudar nossa posição. Se não o ópio do nosso povo, continuará sendo o carnaval e o futebol.
Que entre na Sapucaí da palhaçada a escola de samba Unido dos clowns inertes” ao som do samba-enredo “Aí vem a baixaria”!
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