Tínhamos vontade um do outro. A vontade que não é intelectual. Era desejo que passava pela mente e vazava pelos olhos. Era o fogo de Camões. O Eu te amo de Buarque. Ia além da poesia concreta, palpável. Era vontade. Sentimento impossível de sanar sem a cura com o remédio exato. Sem genérico. Só vontade. Aquela vontade...que te faz acordar na madrugada e olhar para lua. A vontade que chora nos olhos ao escutar canções. Que grita nas linhas do livreto de Vinícius. Que vai do santo ao profano. Do amor de Paulo a realidade de Rodrigues. Era tudo vontade. Sem a qual seria impossível sentir o gosto da tua silhueta.
maravilhoso!
ResponderExcluir